Eles desceram o morro encapuzados de cólera e descarregaram metralhadoras de ódio. Não há mais bala perdida, mas sim, muitas almas perdidas. A guerra já não é mais fria, a chapa esquentou, Rio quarenta graus, Rio... Teoria do caos.
A alegria típica do povo carioca deu lugar ao medo, ao pânico. Carros alegóricos deram lugar aos tanques de guerra, a comissão de frente usa capacete e se blinda atrás de coletes à prova de balas. O som do surdo fez-se mudo. O pandeiro se calou e deu voz ao pandemônio...O puxador de samba agora puxa corpos espalhados pela avenida, o mestre-sala agora faz sala em mais um dos vários velórios que acontecem paralelamente em meio aquele fogo cruzado.
A paz entre policiais e traficantes perdeu a harmonia, atravessou o samba, é o bem e o mal travando o braço de ferro mais sangrento dos últimos anos. Traficantes querendo transformar o Rio em mar vermelho e Polícia, em mar morto.
Dessa vez a bateria não entrará no recuo, a ordem é avançar, avançar, avançar. Que o mestre de bateria tenha peito e a coragem do capitão Nascimento, do contrário, muitos brincantes nascerão para a outra vida.
Torço e rezo para que o refrão desse enredo seja “...O Rio de Janeiro continua lindo...” e que na apoteose da vida vença sempre a justiça e a paz.
Muito bom! Salve o Rio de Janeiro e o seu povo alegre e trabalhador ! Bj!
ResponderExcluirÊ situação complicada que a cidade está enfrentando e nós por tabela né?
ResponderExcluirEspero sinceramente que melhore logo...
Beijo,
ótima semana!